quinta-feira, 3 de março de 2011

História do Carnaval - As suas prováveis origens e como se festeja no Mundo. - Pesquisa 3º Ano

HISTÓRIA DO CARNAVAL


Segundo definição genérica, o carnaval é uma festa popular colectiva, que foi transmitida oralmente através dos séculos, como herança das festas pagãs. Na verdade, não se sabe ao certo qual a origem do carnaval, assim como a origem do nome, que continua sendo polémica. Alguns estudiosos afirmam que a comemoração do carnaval tem suas raízes em alguma festa primitiva, de carácter orgíaco, realizada em honra do ressurgimento da Primavera. De facto, em certos rituais agrários da Antiguidade, 10 mil anos A.C., homens e mulheres pintavam seus rostos e corpos, deixando-se enlevar pela dança, pela festa e pela embriaguez.Outros autores acreditam que o carnaval se tenha iniciado nas alegres festas do Egipto. É bem verdade que os egípcios festejavam o culto a Ísis há 2000 anos A.C. Se o Catolicismo não adoptou o carnaval, suportou-o com certa tolerância, já que a fixação do período momesco gira em torno de datas predeterminadas pela própria igreja. Tudo indica que foi nesse período que se deu a anexação ao calendário religioso, pois o carnaval antecede a Quaresma. É uma festa de características pagãs que termina em penitência, na dor de quarta-feira de Cinzas. Já no carnaval romano, viam-se corridas de cavalo, desfiles de carros alegóricos, brigas de confetis, corridas de corcundas, lançamentos de ovos e outros divertimentos. O baile de máscaras, introduzido pelo papa Paulo II, adquiriu força nos séculos XV e XVI, por influência da Commedia dell'Arte. Eram sucesso na Corte de Carlos VI. Ironicamente, esse rei foi assassinado numa dessas festas fantasiado de urso. As máscaras também eram confeccionadas para as festas religiosas como a Epifania (Dia de Reis). Em Veneza e Florença, no século XVIII, as damas elegantes da nobreza utilizavam-na como instrumento de sedução. Na França, o carnaval resistiu até mesmo à Revolução Francesa e voltou a renascer com vigor na época do Romantismo, entre 1830 e 1850. Manifestação artística onde prevalecia a ordem e a elegância, com seus bailes e desfiles alegóricos, o carnaval europeu iria desaparecer aos poucos na Europa, em fins do século XIX e começo do século XX. A ORIGEM DO TERMO (Palavra)
Assim como a origem do carnaval, as raízes do termo também se têm constituído em objecto de discussão. Para uns, o vocábulo advém da expressão latina "carrum novalis" (carro naval), uma espécie de carro alegórico em forma de barco, com o qual os romanos inauguravam suas comemorações. Apesar de ser foneticamente aceitável, a expressão é refutada por diversos pesquisadores, sob a alegação de que esta não possui fundamento histórico. Para outros, a palavra seria derivada da expressão do latim "carnem levare", modificada depois para "carne, vale !" (adeus, carne!), palavra originada entre os séculos XI e XII que designava a quarta-feira de cinzas e anunciava a supressão da carne devido à Quaresma.
“Adaptação de recolha efectuada na Internet”


Carnaval em Portugal

Actualmente, o Carnaval quase desapareceu da Europa, onde já teve grande importância em vários lugares.
O Carnaval português foi exportado para as antigas colónias, em especial para o Brasil (por volta de 1723), e sempre teve características bem diferentes do de outros países da Europa, sendo reconhecido até mesmo por autores portugueses como uma festa cujas características principais eram a porcaria e a violência.

O Carnaval de antigamente não era como hoje um desfile de carros e meninas a dançar com pouca roupa, como no Carnaval brasileiro. (Não nos podemos esquecer que na altura do Carnaval, no Brasil é Verão, mas cá não, brrrr...)
As pessoas mascaravam-se, pregavam partidas, gozavam com as outras pessoas pois estando disfarçadas podiam fazê-lo sem serem reconhecidas.
O Carnaval de cada terra tinha o seu rei, o Rei Momo, que também tinha uma rainha. A corte tem vários ministros (a fingirem ques estão sempre bêbedos) e imensas "matrafonas", que são homens vestidos de forma ridícula ou de mulher.
Normalmente há zés-pereiras que acompanham e animam o desfile, a tocar bombo, ou "tropas fandangas" também a tocar e a fazer disparates. Também aparecem gigantones e outros disfarces.
Hoje em dia Portugal ainda tem Carnavais com muita força e tradição: Ovar, Torres Vedras, Alcobaça, Loulé... e muitos mais. Por todo o lado se brinca e se organizam festejos e bailes de Carnaval.
Faziam "assaltos", que era irem ter com alguém em especial (de que se gosta - ou não) e fazer-lhe a vida negra para se gozar com essa pessoa até se fartar, deixando tudo em desalinho.

Carnaval no Mundo
Portugal


As tradições carnavalescas específicas de Portugal são um misto de paganismo e de religiosidade; assim, a par da preparação para a Quaresma, o carnaval em Portugal bebeu de muitos ritos pagãos ligados a celebrações da natureza, sobretudo de recomeço da vida purificada na Primavera, com a morte das culturas antigas e o germinar das novas. Por isso, enraizado no folclore português está o enterro de uma personagem, de um animal ou de uma coisa comum (o mais constante é o Enterro do Bacalhau), para depois se celebrar a vida, com danças, cortejos, muita cor, luz e música.
Assim se vislumbram os motivos da morte que se projectam da festa da vida que é o Carnaval. Em muito locais, associado ao Enterro do Bacalhau, surge um Julgamento, que funciona como sátira à imposição eclesiástica de abstinência e jejum durante a Quaresma. A origem destas celebrações perdeu-se no tempo.

Brasil


Os festejos carnavalescos, com o nome de Entrudo, foram levados para o Brasil pelos portugueses. Durante estes festejos eram levadas a cabo brincadeiras violentas, com os foliões a lançarem farinha, tintas e água suja uns aos outros. Estas práticas foram proibidas por lei e, por isso, passaram a ser utilizadas serpentinas de papel e confetti coloridos. Aos poucos, o entrudo português foi sendo adaptado, ao assimilar as tradições africanas.
A tradição dos desfiles tem origem nas reuniões de escravos, que organizavam cortejos com bandeiras e improvisavam cantigas ao ritmo de marcha. Aos escravos devem-se os ritmos e instrumentos de percussão usados no Carnaval brasileiro.
No século XIX, os operários urbanos começaram a juntar-se em grémios (associações profissionais), que continuaram e desenvolveram a tradição dos desfiles. Ao mesmo tempo que se desenvolviam as futuras escolas de samba, institucionalizadas no Rio em 1935, as classes altas importavam da Europa os sofisticados Bailes de Máscaras e as Alegorias. Em 1870 foi criado o Maxixe, um tipo de música específico para o Carnaval. Hoje em dia, o Carnaval é um dos expoentes máximos do Brasil, atraindo anualmente turistas de todo o mundo.


Veneza


Dantes, o Carnaval de Veneza era um período do ano em que, atrás das máscaras, tudo era permitido, incluindo quebrar as barreiras sociais entre as pessoas. A fantasia típica é a do "baùtta", um capuz de seda preto, uma capa com capuz, um chapéu de três pontas e uma máscara branca que permite o anonimato. Um meio para entrar nos casinos da época sem ser reconhecidos.
Em 1981 retomou-se a união entre o Carnaval e o Teatro, evocando os rituais medievais e as festas pré-cristãs. Até aí, o Carnaval de Veneza tinha sido igual ao das outras cidades italianas.
Assim, o Carnaval de Veneza tem hoje características sugestivas e fascinantes.
Com as máscaras tradicionais e as dos fantasmas de ouro e de seda que giram pelas vielas e pontes, o Carnaval de Veneza deu vida disfarces muito particulares, que misturam os traços medievais, renascentistas e do "settecento" veneziano.
Ainda hoje, por ser tão especial atrai milhares de turistas que aproveitam para se divertir, comprando máscaras no local feitas de "cartapesta" (mistura de gesso e pasta de papel) ou bem mais caras, feitas com metal e decoradas com prata e ouro.

Nova Orleães


Nova Orleães é uma cidade dos Estados Unidos muito especial por toda a mistura de culturas que sempre teve, sem esquecer que o jazz e os blues nasceram ali.
No Carnaval, a que eles chamam "Mardi Gras" (a expressão francesa para "terça-feira de Carnaval", "terça-feira gorda") tem multidões a brincar nas ruas, muitas pessoas a beber diferentes misturas alcoólicas, a provar a excelente comida local, a observar espectáculos de rua, a ouvir música, e a ver passar os corsos durante todo o dia e toda a noite!
Praticamente todas as pessoas que desfilam nos carros alegóricos usam máscaras e muitas das que estão nas ruas também.
Os carros alegóricos distribuem, lançam milhares de beads (missangas) - um colar de bolinhas plásticas, de diferentes tamanhos e cores brilhantes que toda a gente quer apanhar.
É divertido ver a multidão adulta a tentar apanhar muitos beads! E é um "orgulho" exibir muitos beads ao pescoço
As cores-símbolo do "Mardi Gras" são o verde, o amarelo e o roxo, simbolizando fé, poder e justiça, respectivamente.
As pessoas da zona desenvolveram uma música de ritmo diferente tocado mais especialmente no "Mardi Gras": é uma mistura que vem da influência creoula da região - mistura franceses com negros. Vale a pena ver e ouvir, para conhecer!

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